Os países mais endividados do G20

O problema das contas públicas não é exclusividade do Brasil. Nesse sentido, embora tenhamos um alto nível de endividamento comparativamente ao PIB (76,5%), existem países cuja relação dívida/PIB é maior ou igual a do Brasil. No entanto, uma hora a conta chega. Os credores exigem mais juros para compensar o risco de emprestar dinheiro para o país. A bonanza tem um preço. No final da festa, o custo da extravagância sempre fica para o contribuinte. Com efeito, o crescimento da economia via endividamento é insustentável no longo prazo. Se você deseja saber quais são os países mais endividados do G20, confira o nosso texto. 

Boa leitura.

Os países mais endividados do G20

O grupo dos países que representam as 20 maiores economias do mundo é chamado de G20. É como se fosse um clube seleto dos 20 países mais ricos. Porém, não podemos confundir riqueza com educação financeira. Ou seja, da mesma forma que existem pessoas ricas que são altamente endividadas, o mesmo pode ocorrer para os países. Logo, o fato de um país compor o grupo do G20 não significa que ele seja fiscalmente austero. 

Nesse sentido, se um país tiver um alto endividamento, então, uma parcela considerável da sua riqueza pode estar sendo drenada para o pagamento de juros. Note que, o crescimento econômico de um país via endividamento não é sustentável no longo prazo. Vejamos na tabela a seguir os 5 países mais endividados do G20 com base nos dados referentes ao fechamento do ano de 2024. 

PaísDívida/PIB
Japão237%
Singapura173%
Itália135%
Estados Unidos124%
França113%

De acordo com a tabela, podemos notar que os 5 países mais endividados do G20 apresentam uma dívida pública superior ao PIB. Ou seja, a dívida pública é superior à riqueza gerada pelo país. Além disso, cabe ressaltar que o Japão é o único país cuja dívida pública é mais do que o dobro do PIB. Embora a taxa básica de juros do Japão seja baixíssima (0,50% ao ano) em comparação à taxa de juros do Brasil (14,75% ao ano), podemos notar através do gráfico a seguir que ela apresenta um viés de alta.

Taxa básica de juros do Japão. Fonte: Trading Economics e Banco do Japão.

Conclusão

No que se refere à gestão das suas finanças pessoais, faça exatamente o oposto do que os países mais endividados fazem com as suas contas públicas. Ou seja, não acredite que o crescimento do seu patrimônio será sustentado por dívidas. Embora pareça atrativo no curto prazo, isso não é sustentável no longo prazo. Na minha opinião, o crescimento patrimonial sustentável ocorre por meio da aquisição de ativos geradores de renda passiva combinado com a utilização do mínimo de alavancagem possível, por exemplo, na compra de bens de alto valor tais como imóveis. Lembre-se da regra de ouro da educação financeira:você deve gastar menos do que ganha e investir a diferença”.           

Bons investimentos.

Referências

https://tradingeconomics.com/country-list/government-debt-to-gdp?continent=g20

https://tradingeconomics.com/japan/interest-rate

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