Ensinamentos de Warren Buffett e Charlie Munger
Warren Buffett e Charlie Munger construíram juntos uma das maiores empresas do mundo: a Berkshire Hathaway. De acordo com o site Companies MarketCap, após o fechamento de mercado dia 4 de junho de 2025, a holding norte-americana estava avaliada em 1,06 trilhões de dólares americanos, ou seja, algo em torno de 5,97 trilhões reais. Nesse sentido, a Berkshire Hathaway faz parte do grupo seleto das 10 maiores empresas do mundo em capitalização de mercado. Mas afinal, quais lições podemos extrair da filosofia de investimentos tão bem sucedida desenvolvida por Buffett e Munger? Se você estava em busca de uma síntese dos principais ensinamentos de Warren Buffett e Charlie Munger, confira o nosso texto.
Boa leitura.
O verdadeiro investidor comemora a volatilidade
Um primeiro ensinamento valioso de Buffett e Munger diz respeito à postura do investidor em relação à volatilidade do mercado. Na visão de ambos, o investidor de longo prazo deve celebrar as oscilações nos preços dos ativos. Com efeito, a volatilidade oferece uma janela de oportunidades para realizarmos boas compras e também ótimas vendas, sobretudo quando observamos grandes distorções entre preço e valor.
O que é inteligente por um preço é estupidez por outro preço
O segundo ensinamento é basicamente o seguinte: o preço de compra de uma ação é uma variável fundamental no processo de investimento. Logo, uma ótima empresa pode não representar uma ótima oportunidade de investimento, caso ela esteja sendo negociada a patamares extremamente elevados. Portanto, antes de comprar uma ação, é importante analisar se ela apresenta uma boa margem de segurança ou não.

Prefiro ter certeza de um bom resultado a ter a esperança de um ótimo
Um terceiro ensinamento importante de Buffett e Munger se refere à relação entre risco e retorno. Na minha visão, nós, pequenos investidores, deveríamos priorizar o investimento em empresas lucrativas que já estão consolidadas no mercado e que apresentam diferenciais competitivos, em vez de arriscar o nosso capital em empresas que estão na “moda” e cujos lucros são uma mera expectativa. A busca por altíssimos retornos pode cegar o investidor.
Uma regra básica dos investimentos: não precisamos rescindir naquilo que nos trouxe prejuízo
Na minha opinião, esta é uma das lições mais valiosas de Buffett e Munger. A própria Berkshire Hathaway, no início, era uma empresa têxtil que apresentava sucessivos prejuízos e cuja perpetuidade mostrou-se inviável. Portanto, o investidor deve ser capaz de identificar os seus próprios erros e não ficar insistindo neles. Caso contrário, isso poderá representar a sua ruína financeira. Nesse sentido, convém destacar duas regras básicas defendidas por Buffett: 1ª regra) nunca perca dinheiro; 2ª regra) nunca se esqueça da 1ª regra.
Se você não estiver disposto a manter uma ação por dez anos, nem cogite possuí-la por dez minutos
A Berkshire Hathaway possui participações acionárias de mais de 50 anos. Por exemplo, a companhia é uma acionista de longa data da Coca-Cola. Ou seja, eles confiaram no modelo de negócio e no projeto de crescimento da empresa. Além disso, estiveram ao lado da empresa nos momentos bons e nos momentos ruins. Na minha opinião, esse é um exemplo de postura a ser seguida. Aliás, é uma postura bastante diferente daquela defendida pelos analistas e traders, cujas recomendações estimulam o giro constante da carteira de ações. Em suma, investir em ações é um projeto de longo prazo.
Conclusão
Conforme o próprio Buffett diz: “se não estivermos felizes em ser donos de uma parte do negócio quando a bolsa fecha, não ficaremos felizes em possuí-la quando o próximo pregão abrir”. A propósito, você é feliz com as ações da sua carteira quando a bolsa está fechada? Se a sua resposta for sim, então, maravilha. Segue o jogo. Caso contrário, talvez seja o momento de refletir se as empresas da sua carteira ainda estão alinhadas à sua estratégia.
Bons investimentos.