Endividamento, Saúde Emocional e Qualidade de Vida
No dia 21 de julho de 2025, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) divulgou os resultados da pesquisa Observatório Febraban (Julho 2025) cujo objetivo era investigar os costumes e as percepções dos brasileiros sobre diversos temas relacionados à educação financeira, tais como: finanças pessoais, endividamento, investimentos, dentre outros. De acordo com o relatório da pesquisa, foram entrevistadas 3 mil pessoas representativas da população brasileira adulta de todas as regiões do país. Neste post, pretendemos apresentar alguns dos resultados no que diz respeito ao endividamento, saúde emocional e qualidade de vida.
Boa leitura.
A percepção dos brasileiros sobre o próprio nível de educação financeira
Um primeiro ponto que considero importante destacar dentre os resultados apresentados na pesquisa trata-se da opinião dos brasileiros em relação ao próprio nível de educação financeira: 55% dos entrevistados afirmaram que “entende pouco” ou “não entende nada” de educação financeira.

Ou seja, supondo que a amostra seja representativa da população adulta brasileira, então, mais da metade dos adultos brasileiros têm pouca familiaridade com educação financeira. Eu creio que esse dado é bastante preocupante, dado que precisamos tomar decisões financeiras cotidianamente e que tais decisões impactam diretamente a saúde emocional e a qualidade de vida de todos os integrantes do nosso convívio familiar. Portanto, a falta de educação financeira tem um efeito multiplicador negativo.
Endividamento, saúde emocional e qualidade de vida
A ausência de conhecimentos básicos sobre finanças aliada a falta de planejamento financeiro conduz muitos brasileiros ao endividamento. De acordo com a pesquisa, 40% dos brasileiros em idade adulta estão endividados.

Além disso, 51% dos endividados acreditam que ao final de 2025 eles estarão “mais endividados” ou “do mesmo jeito”. Infelizmente, na matemática do endividamento não há segredo: o tempo e os juros compostos jogam contra os devedores. Um segundo ponto importante que ao meu ver merece destaque na pesquisa é que ela evidencia uma outra faceta importante do endividamento que vai muito além do dinheiro: o endividamento afeta a saúde emocional e qualidade de vida das pessoas.

De fato, no grupo dos brasileiros endividados cerca de 77% dos entrevistados afirmou que o endividamento afeta a sua saúde emocional ou qualidade de vida. Portanto, é como se uma dívida fosse um fardo a ser carregado. Embora existam dívidas boas e dívidas ruins, pode-se dizer que na prática não é fácil separá-las em tais categorias.
Bons investimentos.
Referências
https://portal.febraban.org.br/pagina/3284/52/pt-br/pesquisa-observatorio
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Prezado mestre Caio,
Adorei o artigo! Ele aborda, de forma direta, como o desconhecimento em Educação Financeira impacta negativamente a saúde emocional e a qualidade de vida, conforme aponta a pesquisa.
A reflexão proposta reforça a importância de buscarmos, ao menos, um conhecimento básico sobre investimentos, essencial para garantir uma vida com mais equilíbrio, bem-estar e condições de realizar nossos projetos.
Grande abraço, Colle
Mestre Colle, muito obrigado pelo prestígio e feedback. Fico feliz em saber que o texto contribuiu com as suas reflexões. Abraço, Caio.
Só o fato de ser uma dívida já causa certo incômodo. Mesmo que existam dívidas boas, nossa mente tende a colocar todas no mesmo lugar de preocupação, e separar isso não é nada fácil. É um desafio emocional além do financeiro.
Luciane, muito obrigado pelo comentário e pelas suas contribuições. A minha ideia é colocar a educação financeira em evidência para que as pessoas consigam tomar melhores decisões e desfrutar de uma melhor qualidade de vida. Quando se trata de dinheiro, tudo é muito relativo. Portanto, não há uma receita única de sucesso. No entanto, conseguir manter as dívidas em um patamar saudável, bem como eliminá-las, certamente é um dos fatores que contribuem para a nossa prosperidade. Abraço, Caio.